segunda-feira, 1 de junho de 2009

Cores

Vejo tudo em preto & branco
O som já não mais fala
Tristeza aqui, ali, a cá
Em um breve momento
Simplicidade temporal
Aquilo transcende as imparcialidades

Há nela, um amor
Acreditando na ilusão, entrego-me nesta indecisão
Percebendo que da fantasia, surgiram cores

Eu amo - tanto - ela
E eu classificando aquilo um sentimento linear
Incapaz de existir o "não padrão"
Ela quebrou, desvendou, codificou
Fez da fantasia, uma realidade
Na qual, a alegria se encontra no seu anonimato
Amor
Alegria

Vejo tudo em cores
Assim é o amor
Assim é meu amor
Neste breve momento, me transformo
Prospero sorrisos, vergonhas e saudades
Já não mais falo, apenas ouço
Um som se propagando, num nível simétrico
O som da vida, paixão e alegria
Este som é ela, batimentos por segundo

Hoje percebo, sempre a esperei
Pois não há outra
Apenas esta, pela qual eu vivo e ganho na vida uma razão
E é por este motivo, eu já não mais sofro
Jamais amarei novamente, encontrei a perfeição
E se pelo acaso, eu morrer
Jamais viverei novamente, só de pensar em não mais escutar o som
Vejo tudo em preto & branco

- Felipe Téles

Um comentário:

  1. Caro Teles, obrigado pela tua visita.

    Estás a começar... e, pelos vistos serei o primeiro a comentar. E vindo de tão longe... já que tive que atravessar o oceano...

    Nunca dizer nunca é uma regra. Discutível, por certo.
    Mas quem está apaixonado acredita piamente que jamais amará outra mulher.

    Gostei do poema, mas sinto que se continuares vais escrever ainda muito melhor.
    Há dois segredos para isso acontecer: ler muita poesia de bons autores e escrever muito.
    E tens que ter muita paciência. A poesia é quase como jogar xadrês. A melhor jogada muitas vezes demora a aparecer... Ou seja, é preciso trabalhar muito as palavras e questionar cada uma delas e ver se de facto ela é a melhor, a que diz mais o que queremos. Para além disso deve soar bem.

    Um abraço.

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